21/11/2010

O Pecado Mora ao Lado



Richard Sherman (Tom Ewell) é um editor de livros que sente-se "solteiro" quando a mulher (Evelyn Keyes) e o filho (Burch Bernard) viajam em férias. Ele começa então a ficar cheio de idéias quando uma bela e sensual jovem (Marilyn Monroe), que é modelo e sonha ser atriz, torna-se a sua vizinha.

 É uma comédia dessas que não se fabrica mais. Embora haja um tempero levemente picante e de uma inocência deliciosa, além do casal central manter uma química avassaladora.

Richard Sherman é um personagem  falsamente seguro de si, que conversa com figuras imaginárias e mantém uma personalidade em ebulição por baixo de um semblante calmo. Já Marilyn cria uma bomba relógio prestes a explodir: impossível saber se sua garota é incontrolavelmente sádica ou irremediavelmente inocente.
Somente um gênio com Billy Wilder para mostrar com tanta elegancia e sutileza que o furacão Marilyn era realmente uma excelente atriz cômica.

Curiosidades: Em nenhum momento se ouve o nome da personagem de Marilyn, identificada sempre como a
vizinha do outro apartamento.
Depois de filmar a famosa cena do vestido Marilyn foi espancada pelo seu então marido Joe Dimaggio que ficou com ciúmes das pernas da mulher.

02/11/2010

Tropa de Elite 2







''Qualquer semelhança com a realidade é apenas uma coincidência. Essa é uma obra de ficção".

Nunca foi muito fã do cinema nacional, mas Tropa me deixou de queixo caido. Muito bom é para se dizer o minimo,o filme é incrível  mesmo, roteiro bem escrito e bem amarrado, Wagner moura em seu melhor personagem, até a bandidagem de terno e gravata faz bem o seu papel, também inspiração é o que não falta. 
No primeiro filme, o inimigo é  pobreza, a falta de educação, a falta de recursos até mesmo  o basico para dar o ser  humano a dignidade de viver, e se não tem tudo isso então tem o tráfico.
 
Mas e agora? Dez anos mais velho, cresce na carreira: passa a ser comandante geral do BOPE, e depois Sub Secretário de Inteligência. Em suas novas funções, Cap.Nascimento faz o BOPE crescer e coloca o tráfico de drogas de joelhos, mas não percebe que ao fazê-lo, está ajudando aos seus verdadeiros inimigos: policiais e políticos corruptos, com interesses eleitoreiros. Agora, os inimigos do Cap.Nascimento, são bem mais perigosos.


Em pleno ano eleitoral foi muita coragem do diretor José Padilha monstrar que toda a bandidagem na verdade são aqueles em que a gente acorda cedo para votar, seja o buraco é mais em cima bem em cima, e nós meros mortais estamos a merce de todos eles. 
Somos todos nós como o Cap.Nascimento, gostamos das coisas certas, respeito e honestidade, e como o Cap.Nascimento somos também ingenuos, em acreditar que as coisas podem se corrigidas.
O poder é controlado por uma minoria que foi colocada lá por nós.
A cada soco em o Cap.Nascimento dava no político corrupto era como se cada um de nós fossemos o personagem.
Será que este filme vai ser capaz de atigir o alvo certo, e colocar as pessoas para pesarem um pouco?
 
Mas, '' Qualquer semelhança com a realidade é apenas uma coincidência. Essa é uma obra de ficção".

O meu  País é uma obra de ficção...